No âmbito da educação corporativa e do desenvolvimento da força de trabalho, existe uma disparidade que muitas vezes passa despercebida. Na minha experiência com o Gemba Group, desde 2008, desenvolvi a teoria 80/20, que postula que 80% do orçamento de treinamentos de uma empresa é alocado para os 20% principais de sua força de trabalho, deixando os 80% restantes dos funcionários com apenas 20% dos recursos.
Esse desequilíbrio não apenas compromete o potencial da maioria da força de trabalho, mas também prejudica o desempenho organizacional geral. É imperativo que as empresas recalibrem seus investimentos em treinamentos para garantir que todos os funcionários, especialmente aqueles no nível operacional, recebam o suporte necessário para se destacarem em suas funções.
A teoria 80/20
O cerne da teoria 80/20 reside na alocação desproporcional de recursos de treinamentos. Tipicamente, executivos seniores e gerentes intermediários—que compõem os 20% principais da força de trabalho—são os principais beneficiários dos programas de desenvolvimento profissional. Esses indivíduos participam de conferências de alto nível, se inscrevem em cursos caros e participam de experiências de treinamentos internacionais. Embora essas oportunidades indubitavelmente aprimorem suas habilidades e redes de contatos, elas pouco fazem para atender às necessidades dos funcionários operacionais que constituem a espinha dorsal da empresa.
Os funcionários operacionais, que representam 80% da força de trabalho, muitas vezes ficam com apenas 20% do orçamento de treinamentos. Esse investimento limitado é insuficiente para fornecer a eles o aprendizado contínuo e abrangente para realizar suas tarefas de maneira eficiente. Como resultado, esses funcionários podem enfrentar dificuldades com controle de qualidade, produtividade e adesão a processos padronizados, levando a problemas crônicos como desperdício, retrabalho e insatisfação do cliente.
Por que investir num investimento equitativo?
As consequências desse desequilíbrio são de longo alcance. Quando a equipe operacional não é adequadamente treinada, toda a organização sofre. Problemas de qualidade se tornam mais prevalentes, as ineficiências logísticas aumentam e as reclamações dos clientes crescem. Além disso, a falta de treinamento adequado pode levar a uma força de trabalho desmoralizada, pois os funcionários se sentem desvalorizados e despreparados para atender às demandas de suas funções. Issopode resultar em taxas de rotatividade mais altas e custos de recrutamento aumentados.
Para enfrentar esses desafios, as empresas devem adotar uma abordagem mais equitativa para o desenvolvimento da força de trabalho. Isso envolve realocar os recursos de treinamentos para garantir que os funcionários operacionais recebam o mesmo nível de investimento que seus colegas na gestão. Ao fornecer programas de treinamentos abrangentes e contínuos que se concentram tanto em habilidades técnicas quanto em habilidades interpessoais, as empresas podem capacitar sua equipe operacional para desempenhar ao máximo. Isso não apenas melhora o desempenho individual, mas também impulsiona o sucesso organizacional geral.
Além disso, investir no desenvolvimento dos funcionários operacionais pode levar a economias significativas de custos. Funcionários bem treinados são mais propensos a aderir a processos padronizados, reduzindo desperdício e retrabalho. Eles também estão mais bem preparados para identificar e resolver problemas potenciais antes que eles se agravem, levando a um melhor controle de qualidade e satisfação do cliente. A longo prazo, esses benefícios superam em muito o investimento inicial em treinamentos.
Confira o podcast em que explico com mais detalhes a teoria!
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