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Autor: Agnes Amaral

  • O que aprendo no Green Belt: PDCA, Mapeamento de Fluxo de Valor, A3 e Hoshin Kanrin

    O que aprendo no Green Belt: PDCA, Mapeamento de Fluxo de Valor, A3 e Hoshin Kanrin

    O Green Belt em Lean e Six Sigma é uma certificação que indica um nível intermediário de competência nas metodologias Lean e Six Sigma. Essa faixa é muitas vezes a porta de entrada da melhoria contínua para os profissionais.

    A melhoria contínua é um pilar central das abordagens Lean e Six Sigma, que visam otimizar processos e aumentar a eficiência organizacional. Lean concentra-se na eliminação de desperdícios e na criação de valor máximo para o cliente com o menor consumo de recursos, promovendo um fluxo de trabalho mais eficiente e ágil. Por outro lado, o Six Sigma busca reduzir a variabilidade e os defeitos nos processos por meio de uma abordagem estruturada e baseada em dados, utilizando ferramentas estatísticas para alcançar a excelência operacional. Quando combinadas, essas metodologias fornecem um poderoso framework para a melhoria contínua, permitindo que as organizações melhorem a qualidade, reduzam custos e aumentem a satisfação do cliente de forma sustentável.

    Na formação Green Belt, os alunos são capacitados para aplicar a metodologia DMAIC (Definir, Medir, Analisar, Melhorar e Controlar) em projetos de melhoria. Eles utilizam análises estatísticas para identificar causas raiz de problemas e implementar soluções que reduzem a variabilidade e melhoram a qualidade dos processos.

    Eles também aprendem a identificar e eliminar desperdícios nos processos, melhorando o fluxo de trabalho e aumentando a eficiência, através de ferramentas como o Mapeamento do Fluxo de Valor (MFV), PDCA, A3 e Hoshin Kanrin.

    Vamos abordar mais o que é cada uma dessas ferramentas.

    PDCA

    O ciclo PDCA é uma metodologia de gestão amplamente utilizada para o controle e melhoria contínua de processos. Essa ferramenta é um ponto principal da formação Green Belt Lean & Six Sigma. Desenvolvido por Walter A. Shewhart e popularizado por W. Edwards Deming, é uma abordagem sistemática que ajuda organizações a implementar mudanças de forma eficiente e eficaz. O nome PDCA é um acrônimo para as quatro etapas do ciclo: Plan (Planejar), Do (Executar), Check (Verificar) e Act (Agir).

    Plan (Planejar)

    Nesta fase, o foco está na identificação de um problema ou na oportunidade de melhoria. É essencial definir metas claras e mensuráveis, além de desenvolver um plano de ação detalhado para alcançar esses objetivos. O planejamento também envolve a coleta de dados relevantes e a análise das causas raiz do problema.

    Do (Executar)

    A próxima etapa é implementar as soluções propostas em uma escala pequena ou em um ambiente controlado. Esta fase é crucial para testar a eficácia das mudanças planejadas e garantir que todas as partes envolvidas compreendam suas responsabilidades.

    Check (Verificar)

    Após a execução, é necessário avaliar os resultados obtidos em comparação com as metas estabelecidas para verificar se as mudanças estão produzindo os resultados desejados. Se os objetivos não forem atingidos, é importante identificar as razões e ajustar o plano conforme necessário.

    Act (Agir)

    Com base nos resultados da verificação, a última fase consiste em agir para implementar as mudanças em larga escala, caso tenham sido bem-sucedidas, ou retornar à fase de planejamento para corrigir quaisquer falhas. Esta etapa também enfatiza a padronização das melhorias e a documentação dos aprendizados para futuras iniciativas.

    O ciclo PDCA é uma ferramenta poderosa para promover a melhoria contínua, pois incentiva uma abordagem iterativa e baseada em dados. Ao seguir este ciclo, as organizações podem aprimorar seus processos, aumentar a eficiência e garantir a satisfação do cliente. Além disso, o PDCA é aplicável em diversos setores, desde a manufatura até os serviços, tornando-se uma metodologia versátil e eficaz para a gestão de qualidade.

    A3

    O relatório A3 é uma ferramenta de gestão utilizada para resolver problemas e comunicar informações de forma clara e concisa. Originário do Sistema Toyota de Produção, o nome “A3” refere-se ao tamanho do papel (297 x 420 mm) utilizado para documentar todo o processo de resolução de problemas em uma única folha. Essa abordagem não apenas facilita a visualização das informações, mas também promove a padronização e a clareza na comunicação.

    Essa ferramenta presente no Green Belt segue uma estrutura lógica que geralmente inclui as seguintes seções:

    Contexto ou Antecedentes

    Esta seção fornece uma visão geral do problema ou situação atual, destacando sua importância e o impacto que tem na organização. É essencial definir claramente o problema para garantir que todos os envolvidos tenham uma compreensão comum.

    Situação Atual

    Aqui, são apresentados dados e informações relevantes que descrevem o estado atual do processo ou sistema. Esta análise ajuda a identificar lacunas e áreas que necessitam de melhorias.

    Objetivos ou Metas

    Com base na análise da situação atual, são estabelecidos objetivos claros e mensuráveis que a equipe pretende alcançar. Esses objetivos guiam o desenvolvimento das soluções propostas.

    Análise de Causas

    Nesta seção, é realizada uma investigação detalhada para identificar as causas raiz do problema. Ferramentas como o diagrama de Ishikawa (espinha de peixe) ou os 5 Porquês são comumente utilizadas para essa análise.

    Soluções Propostas

    Identificadas as causas dos problemas, são desenvolvidas soluções específicas para abordá-las. As propostas devem ser viáveis e alinhadas com os objetivos estabelecidos.

    Plano de Ação

    Esta parte do relatório descreve as etapas necessárias para implementar as soluções propostas, incluindo cronogramas, responsáveis e recursos necessários.

    Resultados Esperados

    Aqui, são delineados os resultados esperados com a implementação das soluções, bem como os indicadores que serão utilizados para medir o sucesso.

    Acompanhamento e Aprendizados

    Após a implementação, é importante monitorar os resultados e documentar os aprendizados obtidos. Esta seção também pode incluir recomendações para futuros projetos ou melhorias adicionais.

    O uso do relatório A3 promove uma abordagem estruturada e colaborativa para a resolução de problemas, incentivando a análise crítica e o pensamento sistêmico. Além disso, ao concentrar todas as informações essenciais em um único documento, o A3 facilita a comunicação entre diferentes níveis da organização, ajudando a alinhar esforços e garantir que as soluções sejam implementadas de maneira eficaz.

    Hoshin Kanri

    Hoshin Kanri é uma metodologia de gestão estratégica que tem como objetivo alinhar os objetivos de uma organização com suas atividades diárias, garantindo que todos os colaboradores estejam trabalhando em direção às mesmas metas. Originado no Japão, o termo “Hoshin Kanri” pode ser traduzido como “gestão por diretrizes” ou “implantação de políticas”. A metodologia é amplamente utilizada por empresas que buscam melhorar a eficiência e a eficácia de seus processos, promovendo um foco claro e consistente em suas estratégias de longo prazo.

    O processo de Hoshin Kanri envolve várias etapas fundamentais:

    Definição da Visão e Metas de Longo Prazo

    A alta administração define a visão da organização e estabelece metas de longo prazo que refletem os objetivos estratégicos desejados. Essas metas devem ser claras, mensuráveis e desafiadoras.

    Desdobramento das Metas (Catchball)

    Uma característica única do Hoshin Kanri é o processo de “catchball”, que envolve a comunicação bidirecional entre diferentes níveis da organização. As metas são discutidas e refinadas à medida que são desdobradas para níveis hierárquicos inferiores, garantindo que todos compreendam e se comprometam com os objetivos.

    Planejamento Anual

    Com as metas de longo prazo estabelecidas, a organização desenvolve planos anuais que detalham as ações necessárias para alcançar essas metas. Esses planos incluem recursos, cronogramas e responsabilidades.

    Execução e Monitoramento

    As ações planejadas são implementadas, e o progresso é monitorado regularmente. Isso permite ajustes rápidos e eficazes, caso os resultados não estejam alinhados com as metas estabelecidas.

    Revisão e Ajuste

    Ao final do ciclo, a organização revisa os resultados alcançados e avalia o desempenho em relação às metas. Esta análise é utilizada para ajustar estratégias e melhorar processos para o próximo ciclo de planejamento.

    O Hoshin Kanri promove uma cultura de melhoria contínua e responsabilidade compartilhada, ao envolver todos os níveis da organização no processo de planejamento e execução. Isso não só ajuda a garantir que os objetivos estratégicos sejam alcançados, mas também aumenta o engajamento e a motivação dos colaboradores, pois todos têm um papel claro e definido no sucesso da organização. Além disso, o foco no alinhamento estratégico ajuda a evitar desperdícios e a otimizar o uso dos recursos, tornando a organização mais ágil e competitiva.

    Mapeamento de Fluxo de Valor

    MFV, ou Mapeamento do Fluxo de Valor, é uma ferramenta de gestão visual, presente na ementa do Green Belt, utilizada para analisar e melhorar o fluxo de materiais e informações em um processo de produção. Originado da metodologia Lean, o MFV ajuda as organizações a identificar desperdícios e ineficiências, permitindo um melhor alinhamento dos processos com os princípios de valor para o cliente.

    O Mapeamento do Fluxo de Valor é composto por algumas etapas principais:

    Identificação do Produto ou Serviço

    O primeiro passo é escolher um produto ou serviço específico para o qual o fluxo de valor será mapeado. Isso ajuda a focar a análise em um conjunto definido de processos e atividades.

    Mapeamento do Estado Atual

    Nesta fase, o fluxo de valor atual é desenhado, mostrando todas as etapas do processo, desde a matéria-prima até o produto final. O mapa inclui informações sobre tempos de ciclo, estoques, tempos de espera e outros dados relevantes que ajudam a visualizar como o processo realmente funciona.

    Identificação de Desperdícios

    Com o mapa do estado atual em mãos, a equipe analisa o fluxo para identificar desperdícios, como superprodução, esperas, transportes desnecessários, entre outros. O objetivo é encontrar áreas que não agregam valor ao cliente e que podem ser eliminadas ou melhoradas.

    Mapeamento do Estado Futuro

    Depois da análise dos desperdícios, um novo mapa é criado para representar o estado futuro desejado. Este mapa incorpora melhorias e mudanças projetadas para otimizar o fluxo de valor, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência.

    Plano de Ação

    Para passar do estado atual para o estado futuro, é desenvolvido um plano de ação detalhado. Este plano inclui as etapas necessárias para implementar as melhorias, além de prazos e responsáveis por cada ação.

    Implementação e Revisão

    As mudanças propostas são implementadas, e o progresso é monitorado regularmente. Revisões periódicas ajudam a garantir que os benefícios esperados sejam alcançados e que novas oportunidades de melhoria sejam identificadas.

    O Mapeamento do Fluxo de Valor é uma poderosa ferramenta para promover a melhoria contínua, pois fornece uma visão clara e abrangente de todo o processo de produção. Ao focar nos fluxos de valor, as organizações podem alinhar melhor suas operações com as necessidades dos clientes, reduzindo custos e melhorando a qualidade e o tempo de entrega. Além disso, o MFV promove uma cultura de colaboração e engajamento, pois envolve equipes multifuncionais na análise e melhoria dos processos.

    Aprenda todas essas ferramentas e metodologias para eliminar desperdícios, reduzir variabilidade e melhorar a qualidade dos processos, tudo isso sob a orientação de instrutores experientes e qualificados, com a Formação Green Belt Lean & Six Sigma.

    29 de novembro de 2024
  • Como medir o engajamento dos colaboradores?

    Como medir o engajamento dos colaboradores?

    Medir o engajamento dos colaboradores é uma tarefa essencial para qualquer organização que busca não apenas reter talentos, mas também garantir um ambiente de trabalho produtivo e satisfatório. Para entender como medir esse engajamento, é crucial considerar a importância de uma equipe coesa, onde confiança, comprometimento, diálogo aberto e accountability são pilares fundamentais.

    Pilares do Engajamento

    Coesão

    Uma equipe coesa é aquela que opera como uma unidade integrada, onde os membros confiam um nos outros e estão comprometidos com os objetivos comuns.

    Confiança

    A confiança é a base de qualquer equipe de alta performance; sem ela, a comunicação se torna ineficaz e os esforços colaborativos são prejudicados. Quando os funcionários sentem que suas opiniões são valorizadas e que têm um papel significativo na organização, eles tendem a se sentir mais conectados e motivados.

    Diálogo aberto

    O diálogo aberto é outro componente essencial para medir o engajamento. As organizações devem promover um ambiente onde os colaboradores se sintam à vontade para expressar suas preocupações e ideias. Isso não apenas melhora a comunicação, mas também fortalece a confiança e o comprometimento.

    Accountability

    Além disso, a accountability, ou responsabilização, garante que todos os membros da equipe estejam cientes de suas responsabilidades e do impacto de suas ações no sucesso coletivo. Quando os colaboradores se sentem responsáveis por suas contribuições, o engajamento naturalmente aumenta.

    E como medir o engajamento dos colaboradores?

    Para medir efetivamente o engajamento, as empresas podem adotar metodologias como a da Gallup, que utiliza um conjunto de perguntas para avaliar o nível de satisfação e envolvimento dos colaboradores. Essas perguntas abordam desde a clareza das expectativas até o reconhecimento recebido pelos funcionários, fornecendo uma visão abrangente do ambiente de trabalho.

    As 12 perguntas da Gallup para medir engajamento

    1. Eu sei o que se espera de mim no trabalho?

    2. Tenho os materiais e equipamentos necessários para fazer o meu trabalho direito?

    3. No trabalho, tenho a oportunidade de exercer o que faço de melhor todos os dias?

    4. Nos últimos sete dias, recebi reconhecimento ou elogios por fazer um bom trabalho?

    5. Meu supervisor, ou alguém no trabalho, parece se importar comigo como pessoa?

    6. Há alguém no trabalho que incentiva o meu desenvolvimento?

    7. Minhas opiniões parecem contar no ambiente de trabalho?

    8. A missão ou propósito da minha empresa me faz sentir que meu trabalho é importante?

    9. Meus colegas de trabalho estão comprometidos em fazer um trabalho de qualidade?

    10. Eu tenho um “melhor amigo” no trabalho?

    11. Nos últimos seis meses, alguém no trabalho falou comigo sobre meu progresso?

    12. Neste último ano, tive oportunidades para aprender e crescer?

    Esses doze pontos abrangem os quatro pontos comentados anteriormente: confiança e diálogo, comprometimento e accountability.

    A pesquisa pode ser aplicada uma vez por ano, através de uma plataforma de perguntas e respostas, como um formulário, após serem comunicados claramente o propósito e benefícios da pesquisa aos membros da equipe.

    A interpretação dos resultados baseia-se em um sistema de pontuação de cinco pontos, categorizando as respostas engajados, não engajados ou ativamente desengajados, o que ajuda a direcionar melhorias específicas.

    Dicas de Valdir Viana sobre engajamento de colaboradores

    Valdir Viana, Executivo com 25 anos de experiência internacional em cargos de liderança no setor industrial, atuando em diferentes países em uma empresa multinacional de médio porte, no episódio #027 do Vem pro Gemba, sugere que a empresa escolha um ponto a ser aprimorado por ano através da pesquisa, e crie um plano de ação. Empresas maiores podem ter um ponto de melhoria por setor, além do geral.

    Outra dica é que os gestores invistam em reuniões one on one com os membros da equipe. Valdir aconselha que as conversas individuais sejam semanais para que o canal de comunicação mantenha-se aberto. Nesses momentos, já será possível perceber algumas das 12 questões: Está claro entre o colaborador e o gestor o que é esperado das atividades? E colaborador tem alguma queixa de falta de recursos? Ele se sente ouvido? O gestor dá feedbacks positivos? O funcionário traz algum problema? E como esse problema é recebido pela gestão?

    Além disso, outra ideia é uma agenda mensal que tenha um momento para reconhecer as conquistas do time naquele mês. Isso mostra que o trabalho feito é importante e está sendo visto.

    Como você pode ver, as 12 perguntas podem ser abordadas durante o ano de formas simples, que envolvem uma gestão atenta e conectada com os gestores – lembrando que o simples, nem sempre é fácil, pois demanda comprometimento e recorrência.

    Para mais insights sobre engajamento dos colaboradores, assista o episódio do podcast Vem pro Gemba com Valdir Viana.

    28 de novembro de 2024
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