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Categoria: Melhoria Continua

  • Kaizen: O Caminho para a Melhoria Contínua

    Kaizen: O Caminho para a Melhoria Contínua

    No mundo empresarial moderno, onde a inovação e a eficiência são essenciais para o sucesso, o conceito de Kaizen se destaca como uma filosofia poderosa de melhoria contínua. Originário do Japão, Kaizen significa “mudança para melhor” e é uma abordagem que enfatiza pequenas melhorias incrementais que, ao longo do tempo, resultam em grandes avanços. Este artigo explora o que é Kaizen e os benefícios que ele pode trazer para organizações e indivíduos.

    O que é

    Kaizen não é apenas uma metodologia, mas uma mentalidade que promove a ideia de que sempre há espaço para melhorias, independentemente de quão bem algo esteja funcionando. Ao contrário de mudanças radicais, Kaizen foca em ajustes pequenos e constantes, que são mais fáceis de implementar e menos disruptivos. Isso não só aumenta a eficiência, mas também envolve todos os níveis de uma organização, desde a alta administração até os trabalhadores da linha de frente, criando um ambiente colaborativo e motivador.

    Benefícios

    Os benefícios do Kaizen são numerosos. Primeiramente, ele promove a redução de desperdícios, seja de tempo, recursos ou esforços, o que leva a uma maior produtividade e economia de custos. Além disso, ao incentivar a participação de todos os colaboradores, melhora-se a moral e o engajamento dos funcionários, pois eles se sentem valorizados e parte do processo de melhoria. Outro benefício significativo é a capacidade de adaptação rápida às mudanças do mercado, já que a organização está constantemente revisando e ajustando seus processos.

    Podemos diferenciar dois tipos de Kaizen:

    Kaizen de processos

    • Foco em processos individuais. Dirigido e equipes de trabalho e líderes de equipe.
    • Pode ser aplicado a qualquer momento;
    • Qualquer colaborador pode executar;
    • Deve haver um documento Padrão;
    • Deve haver um comparativo antes x depois;
    • Melhora os resultados de forma isolada (atenção);
    • Deve ser motivado pela liderança;

    Kaizen de sistema ou de fluxo

    • Foco no fluxo total de valor;
    • É dirigido ao gerenciamento;
    • É parte da Filosofia Lean;
    • Garante a melhoria contínua;
    • Fortalece a criatividade;
    • Reduz desperdícios;
    • Aumenta a produtividade;
    • Melhora a qualidade.

    Nesse caso, deve estar alinhado ao desdobramento estratégico e deve haver um estudo e análise para definir o evento. Além disso, é ideal que haja um plano Kaizen organizado com antecedência e que uma equipe multidisciplinar (operadores, líderes, etc) esteja envolvida.

    Um comparativo antes x depois possibilita a observação dos resultados que costumam ser de uma redução direta nos desperdícios, melhorando consideravelmente na eficiência da empresa. Além disso, o sistema não apenas otimiza processos, mas também envolve, compromete e motiva o grupo, criando um ambiente de trabalho mais colaborativo e produtivo.

    Em suma, Kaizen é mais do que uma estratégia de negócios; é uma filosofia de vida que pode ser aplicada em qualquer contexto. Ao adotar a mentalidade de melhoria contínua, indivíduos e organizações podem alcançar níveis mais altos de eficiência, inovação e satisfação. Convido os leitores a refletirem sobre como o Kaizen pode ser incorporado em suas próprias vidas e ambientes de trabalho, promovendo um ciclo virtuoso de progresso e sucesso.

    Conheça a Blitz Kaizen

    A Blitz Kaizen é um serviço Gemba Group de 5 dias. Nesse período, definimos o processo que iremos otimizar e trabalhamos de forma organizada e ordenada para alcançar resultados. Além disso, preparamos a equipe interna para que os resultados continuem a longo prazo.

    Já vimos resultados incríveis com o Kaizen. Em um cliente tivemos os seguintes resultados:

    LEAD TIME

    • Antes: 15 horas
    • Depois: 3 horas

    PRODUTIVIDADE

    • Antes: 50 KHH
    • Depois: 100 KHH

    ESPAÇO UTILIZADO

    • Antes: 160m²
    • Depois: 70m²

    Além dos resultados qualitativos como mais segurança, melhor qualidade no trabalho e mais satisfação da equipe.

    Esse é o poder de um Kaizen bem aplicado, com uma equipe disposta a sempre aprimorar os processos! Fale conosco para aplicar na sua empresa

    3 de dezembro de 2024
  • Como a PEC da redução da jornada de trabalho pode afetar as indústrias

    Como a PEC da redução da jornada de trabalho pode afetar as indústrias

    Com uma carga horária semanal menor, o setor terá que elevar a produtividade para não precisar aumentar seus custos com novas contratações.

    A proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada máxima de trabalho de 44 para 36 horas semanais e o fim da 6×1 (seis dias de trabalho seguidos de um dia de descanso). já está pronta para ser protocolada na Câmara dos Deputados. A matéria da deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) já recebeu mais de 200 assinaturas e ultrapassou o mínimo de 171 necessárias para que seja encaminhada para a discussão no plenário.

    Desde que veio à tona, o tema ganhou destaque nas redes sociais porque, se virar lei, terá impacto na rotina dos empresários e colaboradores. Neste cenário, para não precisar ampliar o quadro de mão de obra e consequentemente aumentar os custos, os empresários, sobretudo no ramo da indústria, terão que investir em programas para aumentar a produtividade e eficiência operacional da equipe.

    PEC da redução e melhoria contínua

    A avaliação é de Vania Batista, sócia fundadora do Gemba Group, empresa especializada em consultoria e treinamento para indústrias que já realizaram mais de 500 projetos para atender a esses requisitos, além de terem capacitados mais de 30 mil profissionais presencialmente para serem mais produtivos e garantirem eficiência e qualidade.

    Conforme ela, para não arcar com prejuízos financeiros, a saída será implementar nas indústrias modelos de gestão e operação enxuta. Trocando em miúdos, será necessário fazer mais em menos tempo.

    A produtividade, aliás, é uma pedra que já está no sapato de grande parte das indústrias e a redução da jornada será mais um calo que precisará de tratamento. O índice da produtividade é calculado como a razão entre o volume produzido e as horas trabalhadas na produção. O índice já vem acumulando com uma queda alarmante, tornando-nos um dos países mais improdutivos do mundo, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e outros órgãos e institutos de pesquisas especializados na indústria. Ainda de acordo com o órgão, esse resultado reflete na redução de 16,5% nas horas trabalhadas e diminuição maior no volume produzido, na ordem de 17,4%.

    “Os números falam por si só. A produtividade já é um problema para a indústria no presente e que poderá ser acentuado num futuro próximo, se a legislação legitimar a jornada de 36 horas semanais. Por isso, os industriais devem começar a se preparar hoje para o que pode vir amanhã. As companhias que já estiverem adaptadas terão um impacto menor na folha de pagamento porque não irão precisar aumentar a força de trabalho”, aconselha Vania Batista.

    Neste sentido, os treinamentos do Gemba Group são aliados de indústrias de todos os portes e setores que desejam aumentar a eficiência operacional, eliminar desperdícios, reduzir custos e otimizar processos. A empresa é especializada na implementação da gestão enxuta, conhecida internacionalmente pelo termo “lean manifacturing”, desenvolvida pela Toyota na década de 1950 e que até hoje é uma referência aplicada em empresas de diversos ramos mundo afora. Em 16 anos de atuação, o Gemba Group atingiu a marca de R$ 1 bilhão de ganhos para seus clientes por meio dos treinamentos e consultorias que oferece.

    Em linhas gerais, Vania Batista explica que a gestão enxuta identifica e remove ações que não agregam valor ao processo produtivo, como excesso de estoque, maquinário ou mão de obra ociosa. “A gestão enxuta encontra a raiz dos problemas, além de aprimorar os processos para manter o sistema de produção em alto nível. O trabalho da equipe também é facilitado porque cada um sabe qual o seu papel e como proceder dentro da cadeia produtiva”, aponta Vania.

    As indústrias que conseguirem dar um salto de qualidade e investirem em um processo de melhorias contínuas também estão aptas à inovação, que leva a uma maior competitividade num mercado de concorrência cada vez mais acirrado. “Num mundo globalizado e em plena revolução tecnológica, quem estaciona, perde. Neste sentido, a gestão enxuta incentiva que as melhorias contínuas façam parte da cultura empresarial, ultrapassando a condição de uma técnica de gestão e se tornando um pilar para o crescimento do negócio”, enfatiza Vania Batista.

    Combate à desindustrialização

    A gestão enxuta também é uma forma de fortalecer a indústria nacional, que é um instrumento fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país. Na década de 1980, o setor chegou a ser responsável por quase metade do PIB brasileiro – para se ter uma ideia, em 1985, a indústria de transformação representava 36% do PIB. Contudo, nas últimas décadas, o Brasil está passando por um processo de desindustrialização e hoje a participação industrial no PIB nacional gira em torno de 24%. O faturamento do setor também caiu 2,3% em 2023 sobre 2022 e, em 2024, está no mesmo patamar que em 2017. Todos esses dados são da CNI.

    “A desindustrialização é prejudicial para toda a economia, sobretudo porque esse setor é capaz de multiplicar riquezas. A cada R$ 1,00 produzido na indústria de transformação, são gerados R$ 2,43 na economia como um todo. Sem falar na geração de emprego e renda para a população. Portanto, já está na hora de reverter esse quadro e a PEC da redução de jornada pode ser mais um estímulo para que os empresários repensem seu modelo de gestão e invistam em metodologias ágeis. Não há outro caminho que não seja a educação continuada para elevar a produtividade e combater a desindustrialização”, reforça a executiva do Gemba Group.

    Desafio X Oportunidade

    Na visão de Vania Batista, a diminuição da jornada pode ser desafiadora à primeira vista e no momento de adaptação, mas é uma medida que pode trazer frutos em médio e longo prazo. Colaboradores que conseguem equilibrar a vida pessoal com a profissional e ter tempo para si são mais felizes e conseguem render mais durante a jornada de trabalho. “Então, as indústrias que conseguirem avançar em termos de produtividade da equipe, terão ganhos caso o projeto de lei seja aprovado”, aponta Vania.

    A executiva faz um paralelo da PEC da redução da jornada no Brasil com um movimento europeu que implementa uma jornada de trabalho de quatro dias, sem redução salarial. A Islândia foi pioneira no novo modelo laboral antes da pandemia – que, aliás, trouxe uma nova configuração para o mercado de trabalho com a regulamentação do home office e do trabalho híbrido. Na esteira das mudanças trazidas pela Covid-19, países como Bélgica, Reino Unido e Suécia já adotam também adotam a jornada de 4 dias para reter talentos e com a finalidade de oferecer para os trabalhadores mais tempo para lazer, cultura e qualificação.

    “A pandemia trouxe à tona uma reflexão sobre a fragilidade da vida e, consequentemente, o reposicionamento de valores individuais e sociais no mercado de trabalho. As pessoas acordaram para a necessidade de ter mais tempo para viver, além de trabalhar. Nesse sentido, além de oferecer essa possibilidade, a redução da jornada pode contribuir para a prevenção do Burnout, lembrando que no Brasil 30% dos trabalhadores são acometidos pelo distúrbio, segundo dados da Anamt [Associação Nacional de Medicina do Trabalho]”, finaliza Vania Batista.

    2 de dezembro de 2024
  • O que aprendo no Green Belt: PDCA, Mapeamento de Fluxo de Valor, A3 e Hoshin Kanrin

    O que aprendo no Green Belt: PDCA, Mapeamento de Fluxo de Valor, A3 e Hoshin Kanrin

    O Green Belt em Lean e Six Sigma é uma certificação que indica um nível intermediário de competência nas metodologias Lean e Six Sigma. Essa faixa é muitas vezes a porta de entrada da melhoria contínua para os profissionais.

    A melhoria contínua é um pilar central das abordagens Lean e Six Sigma, que visam otimizar processos e aumentar a eficiência organizacional. Lean concentra-se na eliminação de desperdícios e na criação de valor máximo para o cliente com o menor consumo de recursos, promovendo um fluxo de trabalho mais eficiente e ágil. Por outro lado, o Six Sigma busca reduzir a variabilidade e os defeitos nos processos por meio de uma abordagem estruturada e baseada em dados, utilizando ferramentas estatísticas para alcançar a excelência operacional. Quando combinadas, essas metodologias fornecem um poderoso framework para a melhoria contínua, permitindo que as organizações melhorem a qualidade, reduzam custos e aumentem a satisfação do cliente de forma sustentável.

    Na formação Green Belt, os alunos são capacitados para aplicar a metodologia DMAIC (Definir, Medir, Analisar, Melhorar e Controlar) em projetos de melhoria. Eles utilizam análises estatísticas para identificar causas raiz de problemas e implementar soluções que reduzem a variabilidade e melhoram a qualidade dos processos.

    Eles também aprendem a identificar e eliminar desperdícios nos processos, melhorando o fluxo de trabalho e aumentando a eficiência, através de ferramentas como o Mapeamento do Fluxo de Valor (MFV), PDCA, A3 e Hoshin Kanrin.

    Vamos abordar mais o que é cada uma dessas ferramentas.

    PDCA

    O ciclo PDCA é uma metodologia de gestão amplamente utilizada para o controle e melhoria contínua de processos. Essa ferramenta é um ponto principal da formação Green Belt Lean & Six Sigma. Desenvolvido por Walter A. Shewhart e popularizado por W. Edwards Deming, é uma abordagem sistemática que ajuda organizações a implementar mudanças de forma eficiente e eficaz. O nome PDCA é um acrônimo para as quatro etapas do ciclo: Plan (Planejar), Do (Executar), Check (Verificar) e Act (Agir).

    Plan (Planejar)

    Nesta fase, o foco está na identificação de um problema ou na oportunidade de melhoria. É essencial definir metas claras e mensuráveis, além de desenvolver um plano de ação detalhado para alcançar esses objetivos. O planejamento também envolve a coleta de dados relevantes e a análise das causas raiz do problema.

    Do (Executar)

    A próxima etapa é implementar as soluções propostas em uma escala pequena ou em um ambiente controlado. Esta fase é crucial para testar a eficácia das mudanças planejadas e garantir que todas as partes envolvidas compreendam suas responsabilidades.

    Check (Verificar)

    Após a execução, é necessário avaliar os resultados obtidos em comparação com as metas estabelecidas para verificar se as mudanças estão produzindo os resultados desejados. Se os objetivos não forem atingidos, é importante identificar as razões e ajustar o plano conforme necessário.

    Act (Agir)

    Com base nos resultados da verificação, a última fase consiste em agir para implementar as mudanças em larga escala, caso tenham sido bem-sucedidas, ou retornar à fase de planejamento para corrigir quaisquer falhas. Esta etapa também enfatiza a padronização das melhorias e a documentação dos aprendizados para futuras iniciativas.

    O ciclo PDCA é uma ferramenta poderosa para promover a melhoria contínua, pois incentiva uma abordagem iterativa e baseada em dados. Ao seguir este ciclo, as organizações podem aprimorar seus processos, aumentar a eficiência e garantir a satisfação do cliente. Além disso, o PDCA é aplicável em diversos setores, desde a manufatura até os serviços, tornando-se uma metodologia versátil e eficaz para a gestão de qualidade.

    A3

    O relatório A3 é uma ferramenta de gestão utilizada para resolver problemas e comunicar informações de forma clara e concisa. Originário do Sistema Toyota de Produção, o nome “A3” refere-se ao tamanho do papel (297 x 420 mm) utilizado para documentar todo o processo de resolução de problemas em uma única folha. Essa abordagem não apenas facilita a visualização das informações, mas também promove a padronização e a clareza na comunicação.

    Essa ferramenta presente no Green Belt segue uma estrutura lógica que geralmente inclui as seguintes seções:

    Contexto ou Antecedentes

    Esta seção fornece uma visão geral do problema ou situação atual, destacando sua importância e o impacto que tem na organização. É essencial definir claramente o problema para garantir que todos os envolvidos tenham uma compreensão comum.

    Situação Atual

    Aqui, são apresentados dados e informações relevantes que descrevem o estado atual do processo ou sistema. Esta análise ajuda a identificar lacunas e áreas que necessitam de melhorias.

    Objetivos ou Metas

    Com base na análise da situação atual, são estabelecidos objetivos claros e mensuráveis que a equipe pretende alcançar. Esses objetivos guiam o desenvolvimento das soluções propostas.

    Análise de Causas

    Nesta seção, é realizada uma investigação detalhada para identificar as causas raiz do problema. Ferramentas como o diagrama de Ishikawa (espinha de peixe) ou os 5 Porquês são comumente utilizadas para essa análise.

    Soluções Propostas

    Identificadas as causas dos problemas, são desenvolvidas soluções específicas para abordá-las. As propostas devem ser viáveis e alinhadas com os objetivos estabelecidos.

    Plano de Ação

    Esta parte do relatório descreve as etapas necessárias para implementar as soluções propostas, incluindo cronogramas, responsáveis e recursos necessários.

    Resultados Esperados

    Aqui, são delineados os resultados esperados com a implementação das soluções, bem como os indicadores que serão utilizados para medir o sucesso.

    Acompanhamento e Aprendizados

    Após a implementação, é importante monitorar os resultados e documentar os aprendizados obtidos. Esta seção também pode incluir recomendações para futuros projetos ou melhorias adicionais.

    O uso do relatório A3 promove uma abordagem estruturada e colaborativa para a resolução de problemas, incentivando a análise crítica e o pensamento sistêmico. Além disso, ao concentrar todas as informações essenciais em um único documento, o A3 facilita a comunicação entre diferentes níveis da organização, ajudando a alinhar esforços e garantir que as soluções sejam implementadas de maneira eficaz.

    Hoshin Kanri

    Hoshin Kanri é uma metodologia de gestão estratégica que tem como objetivo alinhar os objetivos de uma organização com suas atividades diárias, garantindo que todos os colaboradores estejam trabalhando em direção às mesmas metas. Originado no Japão, o termo “Hoshin Kanri” pode ser traduzido como “gestão por diretrizes” ou “implantação de políticas”. A metodologia é amplamente utilizada por empresas que buscam melhorar a eficiência e a eficácia de seus processos, promovendo um foco claro e consistente em suas estratégias de longo prazo.

    O processo de Hoshin Kanri envolve várias etapas fundamentais:

    Definição da Visão e Metas de Longo Prazo

    A alta administração define a visão da organização e estabelece metas de longo prazo que refletem os objetivos estratégicos desejados. Essas metas devem ser claras, mensuráveis e desafiadoras.

    Desdobramento das Metas (Catchball)

    Uma característica única do Hoshin Kanri é o processo de “catchball”, que envolve a comunicação bidirecional entre diferentes níveis da organização. As metas são discutidas e refinadas à medida que são desdobradas para níveis hierárquicos inferiores, garantindo que todos compreendam e se comprometam com os objetivos.

    Planejamento Anual

    Com as metas de longo prazo estabelecidas, a organização desenvolve planos anuais que detalham as ações necessárias para alcançar essas metas. Esses planos incluem recursos, cronogramas e responsabilidades.

    Execução e Monitoramento

    As ações planejadas são implementadas, e o progresso é monitorado regularmente. Isso permite ajustes rápidos e eficazes, caso os resultados não estejam alinhados com as metas estabelecidas.

    Revisão e Ajuste

    Ao final do ciclo, a organização revisa os resultados alcançados e avalia o desempenho em relação às metas. Esta análise é utilizada para ajustar estratégias e melhorar processos para o próximo ciclo de planejamento.

    O Hoshin Kanri promove uma cultura de melhoria contínua e responsabilidade compartilhada, ao envolver todos os níveis da organização no processo de planejamento e execução. Isso não só ajuda a garantir que os objetivos estratégicos sejam alcançados, mas também aumenta o engajamento e a motivação dos colaboradores, pois todos têm um papel claro e definido no sucesso da organização. Além disso, o foco no alinhamento estratégico ajuda a evitar desperdícios e a otimizar o uso dos recursos, tornando a organização mais ágil e competitiva.

    Mapeamento de Fluxo de Valor

    MFV, ou Mapeamento do Fluxo de Valor, é uma ferramenta de gestão visual, presente na ementa do Green Belt, utilizada para analisar e melhorar o fluxo de materiais e informações em um processo de produção. Originado da metodologia Lean, o MFV ajuda as organizações a identificar desperdícios e ineficiências, permitindo um melhor alinhamento dos processos com os princípios de valor para o cliente.

    O Mapeamento do Fluxo de Valor é composto por algumas etapas principais:

    Identificação do Produto ou Serviço

    O primeiro passo é escolher um produto ou serviço específico para o qual o fluxo de valor será mapeado. Isso ajuda a focar a análise em um conjunto definido de processos e atividades.

    Mapeamento do Estado Atual

    Nesta fase, o fluxo de valor atual é desenhado, mostrando todas as etapas do processo, desde a matéria-prima até o produto final. O mapa inclui informações sobre tempos de ciclo, estoques, tempos de espera e outros dados relevantes que ajudam a visualizar como o processo realmente funciona.

    Identificação de Desperdícios

    Com o mapa do estado atual em mãos, a equipe analisa o fluxo para identificar desperdícios, como superprodução, esperas, transportes desnecessários, entre outros. O objetivo é encontrar áreas que não agregam valor ao cliente e que podem ser eliminadas ou melhoradas.

    Mapeamento do Estado Futuro

    Depois da análise dos desperdícios, um novo mapa é criado para representar o estado futuro desejado. Este mapa incorpora melhorias e mudanças projetadas para otimizar o fluxo de valor, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência.

    Plano de Ação

    Para passar do estado atual para o estado futuro, é desenvolvido um plano de ação detalhado. Este plano inclui as etapas necessárias para implementar as melhorias, além de prazos e responsáveis por cada ação.

    Implementação e Revisão

    As mudanças propostas são implementadas, e o progresso é monitorado regularmente. Revisões periódicas ajudam a garantir que os benefícios esperados sejam alcançados e que novas oportunidades de melhoria sejam identificadas.

    O Mapeamento do Fluxo de Valor é uma poderosa ferramenta para promover a melhoria contínua, pois fornece uma visão clara e abrangente de todo o processo de produção. Ao focar nos fluxos de valor, as organizações podem alinhar melhor suas operações com as necessidades dos clientes, reduzindo custos e melhorando a qualidade e o tempo de entrega. Além disso, o MFV promove uma cultura de colaboração e engajamento, pois envolve equipes multifuncionais na análise e melhoria dos processos.

    Aprenda todas essas ferramentas e metodologias para eliminar desperdícios, reduzir variabilidade e melhorar a qualidade dos processos, tudo isso sob a orientação de instrutores experientes e qualificados, com a Formação Green Belt Lean & Six Sigma.

    29 de novembro de 2024
  • Como medir o engajamento dos colaboradores?

    Como medir o engajamento dos colaboradores?

    Medir o engajamento dos colaboradores é uma tarefa essencial para qualquer organização que busca não apenas reter talentos, mas também garantir um ambiente de trabalho produtivo e satisfatório. Para entender como medir esse engajamento, é crucial considerar a importância de uma equipe coesa, onde confiança, comprometimento, diálogo aberto e accountability são pilares fundamentais.

    Pilares do Engajamento

    Coesão

    Uma equipe coesa é aquela que opera como uma unidade integrada, onde os membros confiam um nos outros e estão comprometidos com os objetivos comuns.

    Confiança

    A confiança é a base de qualquer equipe de alta performance; sem ela, a comunicação se torna ineficaz e os esforços colaborativos são prejudicados. Quando os funcionários sentem que suas opiniões são valorizadas e que têm um papel significativo na organização, eles tendem a se sentir mais conectados e motivados.

    Diálogo aberto

    O diálogo aberto é outro componente essencial para medir o engajamento. As organizações devem promover um ambiente onde os colaboradores se sintam à vontade para expressar suas preocupações e ideias. Isso não apenas melhora a comunicação, mas também fortalece a confiança e o comprometimento.

    Accountability

    Além disso, a accountability, ou responsabilização, garante que todos os membros da equipe estejam cientes de suas responsabilidades e do impacto de suas ações no sucesso coletivo. Quando os colaboradores se sentem responsáveis por suas contribuições, o engajamento naturalmente aumenta.

    E como medir o engajamento dos colaboradores?

    Para medir efetivamente o engajamento, as empresas podem adotar metodologias como a da Gallup, que utiliza um conjunto de perguntas para avaliar o nível de satisfação e envolvimento dos colaboradores. Essas perguntas abordam desde a clareza das expectativas até o reconhecimento recebido pelos funcionários, fornecendo uma visão abrangente do ambiente de trabalho.

    As 12 perguntas da Gallup para medir engajamento

    1. Eu sei o que se espera de mim no trabalho?

    2. Tenho os materiais e equipamentos necessários para fazer o meu trabalho direito?

    3. No trabalho, tenho a oportunidade de exercer o que faço de melhor todos os dias?

    4. Nos últimos sete dias, recebi reconhecimento ou elogios por fazer um bom trabalho?

    5. Meu supervisor, ou alguém no trabalho, parece se importar comigo como pessoa?

    6. Há alguém no trabalho que incentiva o meu desenvolvimento?

    7. Minhas opiniões parecem contar no ambiente de trabalho?

    8. A missão ou propósito da minha empresa me faz sentir que meu trabalho é importante?

    9. Meus colegas de trabalho estão comprometidos em fazer um trabalho de qualidade?

    10. Eu tenho um “melhor amigo” no trabalho?

    11. Nos últimos seis meses, alguém no trabalho falou comigo sobre meu progresso?

    12. Neste último ano, tive oportunidades para aprender e crescer?

    Esses doze pontos abrangem os quatro pontos comentados anteriormente: confiança e diálogo, comprometimento e accountability.

    A pesquisa pode ser aplicada uma vez por ano, através de uma plataforma de perguntas e respostas, como um formulário, após serem comunicados claramente o propósito e benefícios da pesquisa aos membros da equipe.

    A interpretação dos resultados baseia-se em um sistema de pontuação de cinco pontos, categorizando as respostas engajados, não engajados ou ativamente desengajados, o que ajuda a direcionar melhorias específicas.

    Dicas de Valdir Viana sobre engajamento de colaboradores

    Valdir Viana, Executivo com 25 anos de experiência internacional em cargos de liderança no setor industrial, atuando em diferentes países em uma empresa multinacional de médio porte, no episódio #027 do Vem pro Gemba, sugere que a empresa escolha um ponto a ser aprimorado por ano através da pesquisa, e crie um plano de ação. Empresas maiores podem ter um ponto de melhoria por setor, além do geral.

    Outra dica é que os gestores invistam em reuniões one on one com os membros da equipe. Valdir aconselha que as conversas individuais sejam semanais para que o canal de comunicação mantenha-se aberto. Nesses momentos, já será possível perceber algumas das 12 questões: Está claro entre o colaborador e o gestor o que é esperado das atividades? E colaborador tem alguma queixa de falta de recursos? Ele se sente ouvido? O gestor dá feedbacks positivos? O funcionário traz algum problema? E como esse problema é recebido pela gestão?

    Além disso, outra ideia é uma agenda mensal que tenha um momento para reconhecer as conquistas do time naquele mês. Isso mostra que o trabalho feito é importante e está sendo visto.

    Como você pode ver, as 12 perguntas podem ser abordadas durante o ano de formas simples, que envolvem uma gestão atenta e conectada com os gestores – lembrando que o simples, nem sempre é fácil, pois demanda comprometimento e recorrência.

    Para mais insights sobre engajamento dos colaboradores, assista o episódio do podcast Vem pro Gemba com Valdir Viana.

    28 de novembro de 2024
  • O poder da cultura de aprendizado contínuo e como cultivá-la nas empresas

    O poder da cultura de aprendizado contínuo e como cultivá-la nas empresas

    No mundo empresarial atual, onde a transformação digital e as mudanças econômicas são constantes, o aprendizado contínuo é mais crucial do que nunca. 

    A falta ou o alto custo de trabalhadores qualificados foi a preocupação que mais cresceu entre os industriais no terceiro trimestre de 2024, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O percentual de empresários que classificaram esse como um dos principais problemas enfrentados pelas empresas passou de 18,6%, no segundo trimestre, para 23% na consulta mais recente. 

    Investir em uma cultura de aprendizado contínuo não é apenas uma estratégia inteligente, mas uma necessidade para qualquer organização que deseja prosperar. Este artigo explora as razões por que essa cultura é vital e como implementá-la efetivamente em sua empresa. 

    Adaptação rápida às mudanças 

    Em um cenário de rápidas transformações, as empresas precisam de colaboradores que possam se adaptar rapidamente a novas tecnologias e processos. De acordo com uma pesquisa da Degreed, empresas com culturas positivas de aprendizagem geralmente têm equipes mais ágeis e com melhor desempenho, que se adaptam mais rapidamente às mudanças.  

    Uma cultura de aprendizado contínuo prepara as equipes para enfrentar esses desafios, garantindo que estejam sempre atualizadas e prontas para adotar inovações. Isso não só melhora a eficiência operacional, mas também posiciona a empresa como líder em seu setor. 

    Engajamento e retenção de talentos 

    Oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional é uma maneira eficaz de aumentar o engajamento dos colaboradores. O engajamento também aumenta conforme as empresas oferecem possibilidades contínuas de as pessoas aprenderem coisas novas durante o expediente, segundo uma pesquisa da Gallup. Quando os funcionários sentem que a empresa investe em seu crescimento, eles se tornam mais leais e motivados.

    Além disso, uma cultura de aprendizado contínuo torna a organização mais atraente para novos talentos, especialmente aqueles que valorizam o desenvolvimento constante.  

    Decisões mais estratégicas 

    Com acesso contínuo a novas informações e perspectivas, as equipes são capazes de tomar decisões mais bem fundamentadas e estratégicas. Isso resulta em uma vantagem competitiva significativa, pois as empresas podem responder de forma mais eficaz às mudanças do mercado e às necessidades dos clientes. 

    Melhoria nos processos 

    O aprendizado constante mantém o colaborador atento aos processos da organização. Ao estudar metodologias de melhoria contínua, como Lean e Six Sigma, ele desenvolve uma visão analítica capaz de identificar possíveis melhorias nos processos existentes. Essa capacidade permite que o colaborador detecte onde há desperdícios e desvios, fatores que podem impactar significativamente a eficiência e a eficácia das operações. Assim, o conhecimento adquirido não só aprimora o desempenho individual, mas também contribui para o sucesso global da empresa. 

    Como promover uma cultura de aprendizado contínuo 

    1. Ofereça oportunidades de desenvolvimento: Invista em programas que vão além das habilidades técnicas, incluindo soft skills como inteligência emocional e comunicação assertiva. Isso prepara os colaboradores para desafios complexos e melhora a dinâmica da equipe. 
    2. Incentive o feedback contínuo: O feedback construtivo é essencial para o aprendizado e o desenvolvimento contínuo. Crie um ambiente onde o feedback seja uma prática regular e valorizada. 
    3. Fomente a curiosidade: Crie um ambiente onde os erros são vistos como oportunidades de aprendizado e evolução. Incentive os colaboradores a fazer perguntas e experimentar novas abordagens. 
    4. Invista em plataformas de aprendizado: Implementar uma plataforma de aprendizado online pode centralizar o acesso a recursos educacionais, permitindo que os colaboradores aprendam no seu próprio ritmo, algo essencial para a cultura de aprendizado contínuo, e de acordo com suas necessidades específicas. 

    O papel crucial da liderança 

    Os líderes desempenham um papel fundamental na promoção de uma cultura de aprendizado contínuo. Eles devem ser os primeiros a investir em seu próprio desenvolvimento e incentivar suas equipes a fazer o mesmo. Uma liderança empática e comprometida com o bem-estar e o crescimento individual é essencial para criar um ambiente de aprendizado eficaz. 

    Uma cultura de aprendizado contínuo não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade estratégica. Ao investir no desenvolvimento contínuo de seus colaboradores, as empresas não apenas se preparam para os desafios do futuro, mas também criam um ambiente de trabalho mais engajado e inovador. 

    Gemba Ensina 

    Conheça o Gemba Ensina, a plataforma de capacitação continuada com mais de 70 conteúdos já disponíveis na biblioteca, abordando temas como melhoria contínua, produtividade e inteligência emocional. Além disso, você pode incluir seus conteúdos, personalizar a plataforma para que fique com a cara da sua empresa, criar trilhas de aprendizado e acompanhar o desenvolvimento dos colaboradores.   

    O Gemba Ensina é seu aliado na missão de fortalecer a cultura de aprendizado contínuo com cursos em métodos e ferramentas para melhorar resultados de eficiência operacional, produtividade, qualidade, comportamento, e com capacitação para todos os níveis.  

    A plataforma também é uma alternativa para um desafio que não podemos esquecer: seguir o orçamento. Por menos de R$10/mês por colaborador você contrata uma ferramenta completa que será sua aliada na missão de treinar e capacitar.   

    Conheça mais em Gemba Ensina e invista no desenvolvimento contínuo dos seus colaboradores.

    18 de novembro de 2024
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