A ferramenta SWOT linkada no planejamento estratégico 

A ferramenta de análise SWOT apresenta aplicações diversas no mercado atualmente. Ela pode ser uma ótima referência para empresas, áreas ou até mesmo indivíduos. Tendo em vista o início de ano e o estágio de preparação para se atingir objetivos das organizações, neste texto vou trazer uma visão relacionada a negócios e baseado nesta perspectiva vamos direcionar os tópicos levando em conta o Hoshin Kanri no mundo Lean, ou se você preferir, o planejamento estratégico em linhas de pensamento não tão próximas da operação enxuta. 

A primeira pergunta que fazemos é: “Como é possível fazer uma abordagem assertiva?” Não há uma regra ou um único caminho para isso, mas recomendações são válidas. A premissa inicial é adotarmos o conceito que a empresa é um grupo de pessoas. Sendo assim, uma única opinião para cada letra (S - Strengths / Forças, Weaknesses / Fraquezas, O - Opportunities / Oportunidades, T - Threats / Ameaças) seria algo muito restrito. Tratando um contexto mais prático, o correto seria trabalharmos em níveis de operação ou liderança. Em resumo, iniciamos em um âmbito mais coletivo, do nível operacional ou tático, dependendo do tamanho da organização. 

Com diferentes grupos de pessoas divididos em áreas, partimos para a escolha de uma referência. Cada letra do SWOT tem os seus pontos elencados para um período. Por exemplo, nossa referência pode ser o último ano de operações, Vamos estabelecer a relação entre forças / fraquezas e oportunidades / ameaças para gerarmos condições de trabalho com entregas para este ano. 

Ainda de forma mais ampla. podemos considerar a história da empresa para um plano de 2 ou mais anos. 

Tendo a referência desenvolvemos e conduzimos um ou mais encontros para elencar pontos comuns. Se for fazer isso, procure preparar o time para a discussão. Trazer fatos e dados mostrando a performance é essencial para que se chegue a um consenso dentro de opiniões diferentes. 

Exemplificando isso em um nível tático, com supervisores ou chefes de área, a reunião seria conduzida por um líder e este descreve os pontos de atenção considerando o que a sua equipe traz como fortalezas, por exemplo. O envolvimento das pessoas neste processo é importantíssimo para que elas se sintam parte do que está sendo construído. Normalmente nesta etapa teremos listas mais relacionadas com atividades internas e externas da área como o relacionamento entre as equipes, treinamentos e desafios ainda numa dimensão mais restrita. 

Seguindo para um nível acima, chegamos a um grupo de liderança estratégica, que vai reunir opiniões de chefes. Agora vamos falar mais sobre mercado, comparação entre segmentos ou uma visão de tendências. 

O resultado final de uma análise SWOT, agora está completo. Os pontos comuns das áreas são consolidados e o time estratégico teve condições de entender os cenários interno e externo. 

É válido lembrar que dentro do SWOT podemos aplicar convenções tendo como base o princípio de que forças e fraquezas são internas e ameaças e oportunidades são externas. Isso facilita, principalmente quando estamos realizando a atividade pela primeira vez. E neste caso surge uma pergunta: Quando realizar a análise novamente? Dê preferência a períodos menores ou iguais a 1 ano. Esta prática vai tornar mais frequente uma reflexão, o time vai fazer o processo com mais facilidade e assim o planejamento estratégico anual terá cada vez mais robustez para uma entrega eficiente das equipes com entradas que fazem mais sentido para todos. 

Abaixo algumas perguntas exemplo que podem guiar você durante a análise 

S - Pontos fortes (Strengths): O que fazemos bem? Quais aspectos do nosso trabalho os demais veem como positivos?  

W - Pontos fracos (Weaknesses): O que devemos fazer melhor? Que aspectos os demais veem como melhorias para o nosso dia a dia? 

O - Oportunidades (Opportunities): Quais parceria seriam importantes para o nosso crescimento? Quais os mercados ou regiões com maior oportunidade? 

T - Ameaças (Threats): Quais os obstáculos que podem surgir no futuro? Em quais áreas temos dificuldades de atingir resultados? 

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Autor: Gustavo Koller Sacht