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O Foco ainda é Melhoria Contínua

Mesmo com uma grande carga de trabalhos voltados à redução de desperdícios, seja ela gerenciada de forma um pouco mais madura ou em estágios muito avançados de programas, organizações mantêm o foco em redução de custos, aumentos de produtividade e melhorias de qualidade. Por que isso ocorre? Como é possível ir além para se manter a cultura de excelência gerando resultados que aumentem a competitividade da empresa? Estes são alguns dos exemplos de perguntas que vamos responder a partir de um contexto no qual se deseja conquistar desafios em esferas pouco prováveis para a maioria dos ambientes. 

As exigências para os diferentes setores e tipos de empresas são diferentes. Devemos iniciar da premissa que à medida que temos mais tecnologia, mais competitividade, menores margens de lucro e maiores volumes se despende uma energia maior para se dar atenção a pequenos benefícios. Se estes forem multiplicados na proporção de maneira a atingir altos impactos, isso se torna cada vez mais relevante. Portanto é natural que em casos onde tenhamos maior margem de lucro com grandes volumes a contínua redução de custos não seja tão evidente. Já em cenários de baixa margem com um grau de tecnologia embarcada em sistemas de serviços ou produtos, há uma tendência de nos preocuparmos mais com pequenos incrementos. 

Voltando ao momento “zero”, não estamos falando sobre organizações que estão dando os primeiros passos ou que estão focadas na aplicação de determinadas ferramentas e práticas para um futuro melhor. Estamos lidando com estruturas maduras com seus resultados já consolidados e atingidos de acordo com o que foi previsto no planejamento estratégico. Elas querem continuar entregando grandes resultados e seus líderes estão focados em promover constantemente uma cultura, deixando ganhos imediatistas em segundo plano. 

Ao nos depararmos com excelente nível de aplicação de ferramentas de resolução de problemas, gerando descobertas importantes e bem documentadas, passamos a fazer uma nova leitura e que, em parte, guiou o caminho desde o início, mas agora seguirá critérios de priorização muito bem definidos. Executivos da alta liderança neste cenário, querem estar seguros que os ciclos vão acontecer de forma natural. Assim, hierarquias precisam ser constituídas, deixando subjetividades em segundo plano, baseando-se em estratégias muito bem definidas. 

Os colaboradores podem se perguntar: “Não é suficiente? Precisamos fazer mais?”. Os líderes dirão: “Sim, precisamos continuar melhorando.”. E isso tem uma justificativa clara: o fato de que é necessário combater o aumento de preços e que não vamos poder ficar parados, aguardando outros fazerem para nós e além disso, não vamos contar com a sorte. Novamente, não estamos iniciando a jornada. Neste patamar já estamos buscando desafios, para alguns, considerados impossíveis. 

E quais são os meios para se chegar a tal ponto? Muita disciplina e persistência com a devida governança de um programa devidamente estruturado e multifuncional, capaz de visualizar dificuldades e encarando-as, sem receio de que algo virá a frente e vai ser uma barreira. Enfrentar os problemas é uma das saídas. Também precisa-se admitir que erros ocorrerão, porém serão corrigidos de maneira rápida e sólida por uma metodologia e não com base apenas em opiniões. Dados e fatos passam a ser as principais fontes para a tomada de decisões. 

Sendo assim, a manutenção de um sistema de excelência passa por adotarmos referências de modelos de trabalhos de sucesso como metodologias conhecidas e estas precisam ser disseminadas continuamente em níveis como no Lean & Six Sigma, através das suas faixas, ou com suporte de metodologias que avançam de situações pontuais a serem replicadas em esferas de maior alcance ao longo do tempo. Algumas empresas se satisfazem com um ou dois treinamentos por ano de diferentes assuntos. Aqui mudamos para uma situação onde todos os anos temos formações voltadas para a melhoria contínua. Tendo todas essas recomendações, a forma como lidamos com o atingimento do nível de excelência desejado nos leva ao sucesso e ao cumprimento de objetivos como a imagem que transmitimos aos usuários ou consumidores, permeando na empresa um senso de previsibilidade a respeito do futuro e a consciência de cada dia pode ser transformador e capaz de melhorar tudo que está a nossa volta. Esta é a ênfase que precisamos dar e através dela guiaremos um times para um patamar elevado de excelência operacional. 

 

Autor: Gustavo Koller Sacht 

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