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Organização e Inventário

As operações de almoxarifados e estoques vêm se tornando pauta de consultoria em diversas empresas, principalmente na indústria. Conseguimos ver o reflexo de um momento crítico, que se deu entre 2020 e 2022, e agora vem se acomodando em estruturas logísticas mais estáveis. Mas como isso se transferiu para os ambientes internos das organizações? 

O resultado não foi positivo. Grandes estoques se transformaram em um grande volume de dinheiro parado. É possível perceber que grandes crescimentos, agora se estabilizam e o comportamento de certos mercados se rendem à nova realidade em 2023. 

Consequentemente tivemos um reflexo nos estoques e almoxarifados e agora precisamos organizar tudo isso de maneira a termos novos resultados num cenário um pouco mais estável.  

Isso passa basicamente, por termos mais controle. Um dos principais mecanismos para isso é a aplicação de inventários cíclicos, tendo como foco apenas determinados itens ou áreas para as conferências. Porém, antes de qualquer ação neste sentido, precisamos nos certificar que as entradas estão ok e que a capacidade em termos de atendimento à demanda de linhas, por exemplo, está de acordo. 

Para nos certificarmos de que é possível atender as demandas de linha, separando materiais do almoxarifado e abastecendo as linhas, a primeira informação que precisamos é o takt. Ou seja, a cada quanto tempo precisamos realizar a entrega de um volume padrão (um pallet, por exemplo) para o transportador, que fará o trajeto entre o almoxarifado e a linha de produção. Depois precisamos mapear quais etapas são da responsabilidade do time e a seguir precisamos ter em mente como a logística será feita para garantir a entrega de produtos acabados e itens para a produção com o desenvolvimento do que chamamos de milk run. Este último termo se refere a intervalos e períodos em que um carregador, carrinho, comboio ou empilhadeira precisa parar em cada um dos pontos especificados de sua rota. Isso considera pontos principais como carga e descarga de materiais, inclusive considerando a devolução de materiais não utilizados em linha para o ponto de origem. Aqui é onde encontramos uma das barreiras para se ter um inventário assertivo. Nem sempre este controle é feito como deveria e aí temos as primeiras divergências. Sem dúvidas, sempre teremos este tipo de necessidade, mas a dúvida é relacionada principalmente a como evitarmos o máximo possível, reduzindo as taxas de retrabalho e acerto de inventário. Para isso, as padronizações são necessárias. Além delas, precisamos aplicar controles como gestão visual e conceitos simples como “Papeis e Responsabilidades” dos integrantes que fazem parte da cadeia. Com padrões estabelecidos e com treinamentos, já será possível reduzirmos muito este tipo de falha. 

E onde estão as outras falhas, quando mencionamos o termo “inventário”? Aqui nos guiamos pelos princípios Lean. O primeiro vem como uma chamada: “Aconteceu um problema, resolva rapidamente sem postergar.” Deixar uma correção para depois é um dos motivos para termos a frequente necessidade de acerto de estoques. Outro termo necessário para se aplicar é o 5S. A utilização de equipamentos, a organização destes e das áreas referentes a carga e descarga juntamente com a padronização são essenciais para o bom andamento da operação sem a necessidade frequente de se “apagar incêndio”. Seguindo ainda dentro dos fundamentos da produção enxuta, para termos o risco de erros mitigado, precisamos levar em conta a “qualidade assegurada”. Neste caso é aplicado para as informações de quantidade, tipo e data da entrega. Isso se refere especialmente a como os fornecedores operam, seja para o planejamento, seja para a entrega do que é necessário na composição de matérias primas para uso da fábrica. Como uma proteção extra, podemos nos ater a contratos, que regem o relacionamento em níveis como entrega e qualidade. Tendo em vista todas estas ações, teremos um avanço considerável. 

Por último, a fim de garantirmos a assertividade, temos o S&OP (Sales and Operations Planning / Planejamento de Vendas e Operações). A boa execução deste plano de vendas e entrega do que é necessário para a operação são realmente importantes para o atendimento dos objetivos do negócio. Sendo assertivos em níveis de vendas e tendo um bom plano para estoques, o gerenciamento dos itens, tanto de materiais para o processamento, quanto para os produtos acabados, se torna mais leve. A previsibilidade desejada envolve consumirmos o que estava planejado, abastecendo o cliente dentro dos princípios Just in Time, não onerando o grupo de trabalho interno com administração além da necessária. Isso torna os ciclos de venda e recorrência de abastecimento e entrega para o cliente mais uniforme, resultando em menos variação na cadeia como um todo. Menos sobras e menos possibilidades de erros são as entregas finais. 

Agora o seu inventário poderá ser feito menos vezes e assim as correções serão pontuais e com baixa frequência. 

 

Autor: Gustavo Koller Sacht 

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