Tendências do LSS para 2024
Uma das principais perguntas dentro dos programas de melhoria contínua nas organizações é: “Como podemos automatizar nossos processos para termos mais produtividade?” Seguida desta primeira, a próxima está relacionada ao uso das informações capturadas ou medidas ao longo dos últimos períodos: “Como podemos ter mais certeza dos nossos resultados futuros usando a tecnologia a nosso favor?”.
A partir disso, começamos a desenvolver a ligação entre as ferramentas do Lean & Six Sigma e o uso dos recursos oferecidos pela tecnologia ou até mesmo pela Inteligência Artificial.
Observando uma tendência de médio prazo, o fato é que as organizações que não se basearem nestes princípios, estarão submetidas à uma série de volatilidades, pois num momento zero os seus concorrentes ficarão a frente na disputa pelo market share e em uma breve ponderação seguinte precisamos levar em conta que este processo de melhoria não acontece de forma rápida. Isso significa que, quanto mais tarde você iniciar, mais atrasado você estará. Isso se deve especialmente pela grande demanda nas áreas de TI e pela corrida em busca de eficiência operacional.
Completando a análise, em paralelo temos as ferramentas fundamentais, que cada vez mais ganham escala e são aperfeiçoadas dentro da Melhoria Contínua. Neste aspecto, fluxos de processos e suas caracterizações, sejam eles no formato oficial para auditorias, em fluxos de valor ou em mapeamentos mais estruturados, vêm sendo aplicados de maneira surpreendente, permitindo que robotizações sistêmicas sejam implementadas. Para que isso tenha sucesso, dependemos das entradas de informação, que por sua vez, depende da ação humana. Elas precisam ser assertivas, desde informações básicas até os indicadores necessários para o monitoramento dos resultados. Caso contrário, retrabalhos e a não utilização dos novos mecanismos serão as consequências.
Numa perspectiva mais abrangente temos a utilização dos dados. Ainda não evidente em organizações jovens, há uma grande oportunidade no que se refere à captura e à devida análise crítica destes. Muitas ainda com modelos recentes, iniciam com tabelas e aos poucos vão aperfeiçoando até chegarem a gráficos e relatórios com apresentações mais rápidas e fáceis de serem lidas.
Empresas criam muitos formatos de reports e visualizações, mas nem sempre temos profissionais capazes de analisá-los, transformando as saídas produtivas para o negócio. Isso não se concentra apenas nas áreas analíticas. Se refere também à capacidade de prever e realizar com base em critérios específicos associados à inteligência de mercado, muitas vezes suportados por curvas de comportamento prévios.
E neste ponto entramos num assunto que vem sendo reforçado por lideranças estratégicas como diretores e executivos. Apesar de muitos dados e da crença que podemos estar avançando, há uma incerteza grande na tomada de decisões. A nova geração de recursos desenvolvida com a Inteligência Artificial encanta, mas nem sempre traz os resultados esperados. Por este motivo é que a chave para o sucesso está nas pessoas. Há uma grande tendência de empresas contratarem colaboradores mais capazes de transformar saídas de BIs ou indicadores em resultados que sejam mais confiáveis. Como reflexo, a tomada de decisão será mais simples e cenários realistas virão à mesa, permitindo aos líderes a possibilidade de escolherem as melhores opções com mais segurança.
Em resumo podemos dizer que o Lean & Six Sigma, mais do que em todos os anos anteriores, estará envolvido numa abordagem voltada para o processamento de entradas, gerando resultados com mais estabilidade, auxiliando ou sendo auxiliado por novos mecanismos num contexto de novas tecnologias e habilidades.
Assim nos cabe apenas termos os novos recursos como complementos ao que já conhecemos quando mencionamos “Melhoria Contínua”. Novos conceitos e novas ideias surgirão, mas a essência permanece nas pessoas e nos processos, tornando a entrega ao cliente uma experiência mais positiva.
Autor: Gustavo Koller Sacht
