Invertendo a pirâmide, dessa forma iniciamos essa reflexão sobre a filosofia Lean nas empresas.
É muito comum lermos artigos e livros que detalham como a liderança deve se comportar e qual o impacto que ela tem sobre a transformação Lean nas empresas, e sim, é muito importante, mas quero colocar aqui uma visão partindo da operação, o famoso ‘chão de fábrica’, termo que não sou muito fã, porém é usual e conhecido, tenho certo receio de usá-lo pois ele remete a fabricação de algo, e não é somente sobre isso que quero falar, vamos refletir sobre algo mais abrangente, do office ao hospital, sem fronteiras, sem barreiras, geral mesmo.
As pessoas que operacionalizam os sistemas, as máquinas, os veículos, os processos, são os que mais conhecem o dia a dia de uma empresa, portanto são detentores de know how, experiência vivida e aplicada com profundo conhecimento, através dessas pessoas as empresas melhoram todos os dias e as vezes nem percebem, chamamos isso de MELHORIA ORGÂNICA, aquela que ocorre através de iniciativas de pessoas que tem o Kaizen na veia, ou seja, não aceitam o desperdício em suas atividades, porém os ambientes nem sempre favorecem esse tipo de prática, por vários motivos, travas geradas por líderes que não aceitam mudanças, excesso de padrões e burocracias que impedem algo de ser diferente, falta de entendimento sobre os porquês da mudança, e resistência ao novo, mesmo sabendo que o novo sempre vem. Ok, e então? Qual nosso papel para fomentarmos essa prática sem restrição? Simples, devemos criar um ambiente que seja favorável para que duas coisas importantes aconteçam:
As anormalidades devem vir à tona
Quando falamos sobre isso, estamos dizendo claramente que não devemos esconder os problemas, eles são como ouro para nós e nos fazem crescer e evoluirmos continuamente, empresas que praticam ‘’levantar o tapete para se ver o lixo’’, em geral são empresas que alcançam os melhores resultados em suas operações, e quase sempre através das pessoas que atuam na operação, pois é lá que se agrega valor ao que o cliente deseja.
2. As pessoas precisam de liberdade para agirem
Sim, liberdade para agirem, para apontarem os pontos críticos, para sugerirem mudanças e por que não? Para que elas mesmo façam as correções necessárias, um ambiente orgânico não precisa e nem deve ser 100% burocratizado, documentado, há várias formas de fazermos mudanças e mantê-las, mas aí entra um ponto importante, a mudança realizada deve ser replicada para que todos os usuários comuns possam mantê-la ativa e padrão, até que uma nova forma de se fazer melhor apareça, isso gera mudança e transformação constante, pequenas gotas que enchem um copo.
As pessoas que atuam nas áreas operacionais, em muitos casos são negligenciadas e ficam escondidas, porém de forma errada e equivocada, envolva-os, traga-os para o jogo, façam Kaizens com eles, alimentem a sede de mudança e assim terão um ambiente multimelhorias, onde todos fazem melhor a cada dia porque lhes é permitido evoluir e criticar o agora, não duvide de que haja sugestões até para que a liderança das empresas ajam de forma mais próxima e adequada sob o ponto de vista de quem está no front, de quem sente a dificuldade num teclado que falha, numa alta temperatura na sala de reuniões, na máquina que para a todo momento, no portão que não fecha, no material cirúrgico que falta e até no quanto o telefone o impede de ser mais produtivo, portanto é na operação que se inicia grande parte da transformação, algo para se pensar, algo para se mudar, algo para se respeitar e incentivar.
Essas pessoas garantem o lucro e a entrega, todos os dias.
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Autor: Marcelo Rodrigues
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